Em outros termos, passado é sólido. Fácil entender alguém dizendo "tocar o passado", mas não tanto para quem diz "tocar o futuro", parecendo estranho. O que já aconteceu, virou fato, ato feito, adquire uma consistência palpável no nosso imaginário, possibilitando até que o guardemos em partes ou lados de nós mesmos, caixas, gavetas, "meu lado profissional", "eu como pai"... Um tempo concreto, possível de desenhar... Diferente do futuro, tempo ainda abstrato. Mais concreto ainda, somente o presente, intríscico também no nosso tempo, contemporâneo a nós.
Desenho: A. Araújo, s/d. Nanquim s/ papel.
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